Iscas Artificiais Para Dourado

Iscas Artificiais Para Dourado - Saiba mais sobre uma das mais eficientes iscas artificiais para a pesca dos dourados Reis do Rio.
A cada dia que passa a pesca esportiva e tudo o que a envolve desenvolvem-se de maneira espantosa, fruto da existência de uma vasta tecnologia e da oferta de uma linha de produtos cada vez mais inovadores. Sou de uma geração para a qual  pescar é cada vez mais fácil; afinal de contas a existência desses produtos para lá de modernos torna a pescaria muito mais eficiente e confortável, ao contrário de antigamente, quando as varas e carretilhas ainda eram feitas com materiais robustos demais e que pesavam “uma tonelada”.
INTERNADOURADONACOLHER4.gifCom as iscas artificiais a história não é diferente. Todos os dias assistimos ao lançamento dos mais diferentes tipos de artifícios destinados a “enganar” os predadores do modo mais perfeito possível. Os pescadores, em busca dessa sonhada isca artificial perfeita, sempre estão comprando e testando novos modelos que possam tornar a pescaria mais eficiente e produtiva. Com tanta tecnologia, iscas consideradas rudimentares por muitos pescadores acabam sendo deixadas de lado, como é o caso da boa e velha colher, utilizada desde os primórdios da pesca com iscas artificiais.
Particularmente, em pouquíssimas situações da minha vida utilizei a tal colher para pescar, pelos mais diversos motivos já citados anteriormente. Porém em nossa última ida até a  Argentina, mais precisamente Paso de La Patria, em um certo momento de dificuldade na pescaria  deparei com uma colher em minha caixa de pesca. Como as ações haviam cessado por alguns momentos, resolvi tirar a prova da sua efetividade e se o sucesso era real conforme reza a lenda.
As seis vantagens
Estávamos pescando dourados na modalidade de bait casting em uma região do Rio Paraná farta de peixe. Nada melhor então do que voltar ao passado e oferecer para o bom e velho dourado uma comida que provavelmente desde muito tempo ele já não comia. Com alguns poucos arremessos consegui perceber a primeira vantagem da colher em frente das iscas de barbela tradicionais.
1ª vantagem: excelente capacidade de ser trabalhada nas mais diversas profundidades. Como são fabricadas com metal, o pescador possui o domínio para determinar em que profundidade será melhor trabalhá-la, desde o ponto mais fundo até a superfície. Em nosso caso, como a pescaria  se dava em uma época mais fria, necessitávamos que nossas iscas descessem um pouco mais, pois os grandes dourados estavam comendo mais no fundo.
2ª vantagem: pouco arrasto. Principalmente nesta pescaria, realizada nas fortes corredeiras, a baixa resistência que a isca oferece quando é recolhida é importante porque cansa menos o pescador. Conseguíamos trabalhar a colher de forma muito confortável, mesmo com a isca sendo trabalhada bem no fundo e contra a força da água.
INTERNADOURADONACOLHER5.gif3ª vantagem: possui acessório antienrosco. Como o dourado é um peixe que costuma ficar próximo das pedras, de galhos caídos no rio, esta isca nos permite fazer arremessos mais audaciosos e buscar o peixe em locais onde costumeiramente outras iscas enroscariam e, portanto, não conseguiríamos obter êxito. Isso é de extrema importância, pois o dourado é um peixe arisco e, se há muita movimentação na água, acaba se afugentando e não atacando a presa.
4ª vantagem: fisga com facilidade e dificilmente escapa. Por possuir apenas um anzol, depois de fisgado o dourado tem dificuldade em cuspir a isca. Ao contrário das tradicionais artificiais, que quando abocanhadas pelo dourado ficam “soltas” do lado de fora da boca do peixe, a colher geralmente é cravada bem no canivete e fica firme, dificultando que o dourado jogue a isca longe quando salta. A briga torna-se bem mais emocionante e aumenta a porcentagem de peixes embarcados.
5ª vantagem: produz muito brilho. Geralmente cromadas, quando se pesca com sol alto no céu, refletem a luz, chamando a atenção dos predadores que a vêem de longe e que a atacam com vontade.
6ª vantagem: a grande vantagem e talvez a mais importante, que torna essa isca antiga tão pegadeira, é o seu nado extremamente atraente, mesmo sendo considerada rudimentar. Experimentamos trabalhar de duas maneiras principais: com recolhimento contínuo e com toques de ponta de vara. O trabalho contínuo fez a isca trabalhar um pouco mais depressa e ela acabou sendo menos efetiva, talvez pela época em que foi utilizada. Certamente na época mais propícia será de grande valia essa maneira de trabalhá-la. Quando alternamos o recolhimento com trabalho de ponta de vara e pequenas paradinhas, a efetividade realmente foi espantosa. Me surpreendeu a quantidade de ações que tivemos após começarmos  a utilizar a colher. Uma pescaria que estava com pouca atividade se tornou para lá de emocionante, com um imenso número de fisgadas e magníficos saltos do rei do rio, para o deleite do pescador.
O único problema foi quando optamos pela não- utilização do cabo de aço, e isso nos rendeu algumas perdas de iscas e peixes respectivamente. Preferimos usar  um mono 0,62 como líder, que torna o nado da isca mais atraente e aumenta consideravelmente a efetividade de arremessos e fisgadas. Ao utilizarmos o cabo de aço, tivemos uma diminuição das ações e perda de iscas, por sacrificar a apresentação e o trabalho dela.

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